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Voce perdoaria o seu parceiro se fosse agredida fisicamente, confiando na psicoterapia para reverter o comportamento agressivo?

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Mensagem por Alice Moura Qua 23 Jul - 8:34

Acabei de ver o vídeo sobre a justiça gaúcha recuperando homens agressores e esse questionamento me veio: e essas mulheres? Perdoariam esses homens, acreditando no efeito positivo do tratamento, ou o estrago no relacionamento seria tão grande que isso seria impossível?
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Mensagem por Miss J Qua 23 Jul - 10:34

Não sei...
Eu acho q todo mundo q demonstra arrependimento e querer melhorar em algum aspecto necessário merece uma chance, mas se tratando da minha integridade física... realmente não sei.
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Mensagem por Ana Qua 23 Jul - 11:54

eu não perdoaria...

porém entendo alguns casos onde tem uma dependência emocional ou medo da reação do parceiro ao pedir separação...
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Mensagem por Si Cal Qua 23 Jul - 11:54

NÃO.
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Mensagem por Iani Qua 23 Jul - 12:18

Felizmente, nunca tive relações nas quais ocorresse qualquer tipo de violência.  

Hipoteticamente analisando a situação, com o tempo, talvez eu conseguisse perdoar, contudo, não haveria nenhuma chance de vir a conviver ou me relacionar afetivamente com essa pessoa novamente.

Isso porque sei que, mesmo com apoio psicológico/ psiquiátrico, as mudanças de padrão de comportamento são lentas, difíceis, com recaídas... Às vezes elas exigem o esforço de uma vida.

Quando essa mudança diz respeito a um perfil agressivo, que já colocou em risco a integridade física, eu acho uma temeridade voltar a conviver com essa pessoa.
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Mensagem por Mauro Scherer Qua 23 Jul - 13:12

Agressão física é inadmissível em qualquer circunstância.
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http://doisbitsdeprosa.blogspot.com.br

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Mensagem por baunilha Qua 23 Jul - 14:59

JAMAIS perdoaria isso.
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Mensagem por Fiorella Qua 23 Jul - 15:03

Não conseguiria perdoar. Abalaria totalmente a confiança!
Fiorella
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Mensagem por Kathya34 Qua 23 Jul - 15:59

Não sei dizer, talvez sim, se ele fizesse o tratamento e fosse agradecido por eu ter relevado, porque é complicado de seguir em frente após uma agressão.
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Mensagem por Pequenina Qua 23 Jul - 20:41

Acho agressão abominável, incluindo a verbal. Acredito que com o tempo pudesse vir a perdoar, sem contudo querer conviver novamente com a criatura, tipo : " Não imagine que te quero mal, apenas não te quero mais"
Creio que poucos se recuperam e, aqueles que conseguem devem praticar essa recuperação com outras pessoas, recomeçar do zero com alguém que não lhes tenha mágoas.

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Mensagem por kloira Qua 6 Ago - 17:51

Não perdoaria. Perde-se o respeito e a confiança!
kloira
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Mensagem por Aline Floripa Qui 7 Ago - 7:08

Não sei... acredito que só vivendo a situação pra ter noção do que significa, fato que até hoje não aconteceu.

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Mensagem por Ro Samy Dom 10 Ago - 10:45

NÃO.
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Mensagem por carlita carlinha Seg 11 Ago - 11:29

Eu não sei. Depende muito da situação.

Tenho horror a agressão física, eu carlita, acho que não perdoaria, mas depende muito do que aconteceu. Se a pessoa é agressiva ou não. Tem que colocar na balança.

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Mensagem por Aline Floripa Seg 11 Ago - 13:57

Em determinadas situações da minha vida já tive até vontade de matar, e, se tivesse uma arma em mãos acredito que o teria feito, e olhe que sou bem tranquila e racional, para me tirar do sério tem que ser algo muitooo forte!

Fiquei pensando o que os foristas levam em conta como "agressão física", um tapa na cara, espancamento, safanão, empurrão, cuspe, soco, pontapé...?

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Mensagem por Alice Moura Ter 12 Ago - 9:59

Bem, refleti sobre essa pergunta, Aline, e para mim, o fato de um homem já chegar pra voce e dizer : "Por que demorou tanto, sua fdp"? Ou :"Voce deu confiança pra esse cara pra estar te ligando, senão ele não faria isso", ou ainda; "Ah, vai tomar ** **", já demonstra um sinal amarelo na relação.
Para mim, logo depois disso, virão os empurrões, socos, etc.
Ou voce acha que um homem que se dirija a uma mulher com ofensas e xingamentos, não é considerado como agressão?
Há mulheres que levam verdadeiras surras e dão um desconto porque "ele estava nervoso", sem atentar para o fato de que, provavelmente antes, ele já a agredia verbalmente e ela não considerava isso como uma forma de agressão.[/i]
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Mensagem por Liu Ter 12 Ago - 13:36

Acredito que não pq apesar de já ter sentido vontade não me sinto capaz agredir fisicamente. Se a raiva chega a esse ponto me afasto, não me confirmaria se apanhasse ou algo parecido.
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Mensagem por Aline Floripa Ter 12 Ago - 14:59

A questão aqui é agressão física! Óbvio que a verbal, assim como a psicológica também o são, porém, em outra esfera.

Eu nunca agredi fisicamente namorado, e verbalmente fui gigantescamente sutil (é certo que também não era o caso), mas com certeza já tive vontade de matar, estrangular, cortar em pedaços, ou, um pedaço em especial, furar, enfim, algumas coisas que passaram depois da raiva. Entenda que não estou justificando a agressão, estou apenas dizendo como EU (única e exclusivamente EU) costumo agir/pensar.

Agressão física, é algo inescrupuloso, porém,  na MINHA opinião não há diferença em relação a traição (onde vi tantas pessoas em dúvida quanto ao “perdão”), ambas são extremamente ofensivas.

Desvirtuando o tópico pensei mais longe... e se o companheiro ao invés de tapa na cara, chute, soco e pontapés, desferir umas palmadas na mulher, será que ele será perdoado? Pensei isso porque boa parte das pessoas ainda acredita que palmada não é violência.
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Mensagem por Liu Dom 17 Ago - 22:58

Se uma coisa que tenho medo é de ser agredida fisicamente/sexualmente. Sou cagona mesmo com relação a isso. Corro léguas de machões que exalam excesso de testosterona e exercem determinadas profissões onde o contato com a violência é constante, acho que isso acaba tornando as pessoas mais frias,  duras e com pouca empatia em relação as outras.
Fiquei impressionada esses dias com o caso da atriz pornô que foi espancada pelo ex.
http://esportes.terra.com.br/lutas/mma/atriz-porno-exibe-rosto-desfigurado-apos-agressao-de-lutador,73772994787c7410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

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Mensagem por Alice Moura Seg 18 Ago - 4:27

Pois é, a questão é muito séria.
Porém, antes das agressões físicas, vem as verbais, as humilhações, os xingamentos, e as mulheres não encaram isso como um sinal de que depois vem coisa pior.
Na maioria dos casos, o homem já desqualificava a mulher, a sós ou em público, e elas relevaram por n motivos, até chegar numa surra que a deixa hospitalizada ou com marcas pelo corpo.
Até para discutir, tem que se manter um limite.

A palmada é humilhante.
É como se fosse uma punição porque a mulher desobedeceu o "seu" senhor.
É uma agressão moral, além de física.
 homem caverna
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Mensagem por Aline Floripa Seg 18 Ago - 15:35

A palmada é humilhante.
É como se fosse uma punição porque a mulher desobedeceu o "seu" senhor.
É uma agressão moral, além de física.


Pois é Alice, concordo em Gênero, número e grau, mas, o que me deixa boquiaberta e que muitos ainda acreditam que esse tipo de situação é inadmissível a um mulher, mas a uma criança pode (olha eu desvirtuando o tópico, mas não consegui separar os pontos).
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Mensagem por Liu Ter 19 Ago - 19:21

Eu odeio violência física, sinceramente detesto "brincadeiras" que envolvem tapas doloridos. Ficava puta, mas muiiiiiiiiiiiiiiiiiito puta mesmo com aquela brincadeira com a toalha, os homens tem um quêzinho de maldade. rs
É Aline, nunca olhei por esse ponto de vista.
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Mensagem por Ana Qua 20 Ago - 12:28

assim como a Alice acredito que a agressão física vem depois de inúmeras agressões verbais, humilhações, cerceamento e etc...

um caso bem conhecido mundialmente é do Pistorius:



Texto de Patricia Guedes.

No início de 2013, a estrela sul-africana do atletismo paralímpico, Oscar Pistorius, mais uma vez ganhou as manchetes de jornais do mundo inteiro. A diferença, desta vez, foi o motivo: na noite do dia 14 de fevereiro, o atleta matou a tiros sua então namorada, a modelo e apresentadora Reeva Steenkamp. Segundo Pistorius, Reeva foi confundida por ele com um assaltante que teria entrado em sua casa. Portanto, ele teria atirado impensadamente, no intuito de proteger a namorada. O veredito sobre o caso só será conhecido em setembro.

Frequentemente o argumento da passionalidade é utilizado como justificativa para o feminicídio. No caso de Pistorius, a linha da defesa de seu julgamento é a de que o atleta teria cometido o crime por ter dupla personalidade, já que teria que conviver com a ideia de ser um super atleta, ao mesmo tempo em que sofreria pela tragédia da deficiência em sua vida. “Você tem um paradoxo de um indivíduo que é extremamente capaz e um indivíduo que está limitado de forma significativa”, disse o médico Wayne Derman, da delegação sul-africana das Paraolimpíadas de Londres 2012, ao falar em favor de Pistorius durante o seu julgamento.

Em contraponto à defesa do atleta, temos um histórico de situações nas quais Pistorius demonstrou possuir total autonomia motora, nem mesmo se identificando como deficiente físico. Em 2007, em entrevista ao jornal New York Times, Pistorius afirmou que se recusa a estacionar em vagas para pessoas com deficiência. “Eu não me vejo como deficiente. Não há nada que eu não consiga fazer que atletas não-deficientes consigam”, disse. Nestas atividades, inclusive, parece estar bastante à vontade com a sua condição física, já que não costumava considerá-la impeditiva de nenhuma tarefa que devesse realizar. Conhecido como “Blade Runner”, Pistorius promoveu uma pequena revolução ao ser o primeiro atleta sem pernas a competir numa Olimpíada tradicional. Além disso, entre seus hobbies está dirigir lanchas, motos e carros velozes.

Independente da sentença final no julgamento, é importante que não se faça um linchamento público, nem se faça um juízo deste caso sob o viés capacitista. O principal motivador do crime foi o machismo e um de seus principais subprodutos: o ciúme. Em mensagens trocadas pelo casal que foram lidas no tribunal, Reeva diz sentir medo do namorado às vezes e não entender sua agressividade em excesso. Em outro momento, ela relata que foi forçada a deixar uma festa mais cedo na qual estariam amigos de quem Pistorius mostrava-se desconfiado. Reeva Steenkamp engrossa as estatísticas ao ser mais uma vítima de violência cometida por um companheiro que inúmeras vezes mostrou-se abusivo no relacionamento. Neste caso, a deficiência de Pistorius é uma característica física coadjuvante, quase irrelevante.

Pesquisas indicam que a taxa de homicídios de mulheres na África do Sul é cinco vezes maior do que a média global. Além disso, apenas 14% dos casos de estupro julgados recebem condenação. Porém, assassinatos e estupros, aparentemente, representam o iceberg de uma epidemia muito maior de violência doméstica. Um bastão de cricket ensanguentado foi encontrado na casa de Pistorius, após diversos relatos de vizinhos de que haviam brigas constantes na casa. Por isso, ele está sendo acusado de cometer homicídio premeditado.

Rachel Jewkes, diretora da unidade de saúde e gênero da MRC (South African Medical Research Council) afirma que a violência no país é alimentada principalmente por uma cultura machista que permeia todas as raças e classes sociais. “É esperado que os negros sul-africanos provem sua masculinidade através da posse de armas brancas ou pelo fato de terem diversas namoradas. Brancos africânderes, como Pistorius, não precisam colecionar namoradas, mas o seu amor e fascínio por armas de fogo alimentam seu desejo de provar sua masculinidade no contexto sul-africano”.

O caso de Pistorius é emblemático porque demonstra bem os desdobramentos da interseccionalidade. Não podemos perder de vista o sistema que fomentou o crime cometido por Oscar Pistorius. O machismo, a estrutura que dá forma à misoginia e que mata mulheres todos os dias, desta vez vitimou Reeva Steenkamp. Ainda que o crime esteja relacionado com outros eixos opressivos e discriminatórios como o capacitismo, não podemos transformar casos como este em uma Olimpíada da Opressão. O fato de sermos subjugados por uma determinada estrutura opressora não justifica, nem nos isenta de cometer injustiças e opressões em outros níveis. Logo, ainda que Pistorius se sentisse diminuído por sua deficiência motora — o que já se percebeu que não ocorre — ele não estaria livre para exercer a misoginia como fez. Há muito mais em julgamento aqui do que um assassinato cometido por um ídolo nacional. O machismo e a violência doméstica são os verdadeiros réus deste caso.


http://blogueirasfeministas.com/2014/08/oscar-pistorius-exemplo-de-superacao/
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Mensagem por Calin Qui 21 Ago - 14:45

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