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Mensagem por Mauro Scherer Seg 8 Set - 16:28

“Uma cultura focada na magreza feminina não revela uma obsessão com a beleza feminina. É uma obsessão sobre a obediência feminina. Fazer dietas é o sedativo político mais potente na história das mulheres; uma população passivamente insana pode ser controlada”. ‒ Naomi Wolf



Fui à casa de uma amiga no fim de semana e a filha dela de oito anos me perguntou se eu podia abrir o Tarot para ela, eu expliquei que não se abre o Tarot paras as crianças e perguntei o que ela queria saber. Ela disse “pergunta se eu vou conseguir emagrecer um dia”. Vou na Secretaria de Direitos Humanos para uma reunião com a secretária e duas coordenadoras de área e durante meia hora o assunto é a dieta Dukan, quando fico sabendo a quantidade de proteína que cada uma delas ingere por dia e quantos quilos perderam nos últimos meses. Estão todas realizadas com a dieta, mas principalmente com a capacidade de auto controle.

Minha vizinha diz, alternadamente, cada vez que vê a presidenta na televisão, “a Dilma está uma vaca de gorda”, ou “ela emagreceu”. Muitas mulheres que conheço se queixam de que os homens não as olham e que elas estão invisíveis. E quase todas, quando se encontram, antes de perguntar como estão, dizem frases do tipo, “nossa, como você emagreceu! Como você está bem”. O olhar das mulheres para o mundo e para si próprias, constantemente, é um olhar de quem está tomando medidas.

A mãe de uma amiga minha, uma senhora de 78 anos, me disse outro dia, “perdi 7 kgs nos últimos seis meses e sem fazer dieta!”. E foi ali, pela primeira vez, que fiquei atenta para o fenômeno, tentando decifrar o que significava aquele sorriso feliz e realizado. O olhar dela era o de alguém que havia sido ungida por uma espécie de bênção divina, e era também o de uma menina bem comportada ou o de uma boa moça que havia feito bem o dever de casa. Foi então que vi o que sempre esteve diante dos meus olhos, mas que só agora pude nomear e entender: o fenômeno de como as mulheres lidam com a comida e com suas medidas e que podemos chamar, simplesmente, de loucura da braba, como se diz na minha terra.

A filha da minha amiga, a menina de oito anos, sempre foi muito fotografada pela mãe quando era pequena. A mãe é uma excelente fotógrafa e as fotos mostravam a cumplicidade das duas nos rituais das poses, das caras e bocas, ao longo da vida. Ela se sentia segura sob as lentes maternas. Neste verão ela e mãe foram de férias para Salvador e quando pedi para ver as fotos, vi uma menina tímida e retraída, e a cada foto que ela me mostrava dizia, “nesta eu não estou muito bem, estou muito gorda”. Aos oito anos ela já foi acometida pela loucura da braba e está doente. A espontaneidade que ela tinha fazendo poses, caras e bocas ao ser fotografada pela mãe foi completamente comprometida na medida em que ela foi crescendo e compreendendo o triste legado que ensinamos às nossas meninas e que afirma que os nossos corpos não valem nada.

Para as terapeutas americanas Rosalyn Meadow e Lillie Weiss, que escreveram Las chicas buenas no toman postre, a associação da comida com a sexualidade é fundamental na vida das mulheres, não apenas na vida daquelas que são mães, mas na de todas as mulheres.

Para elas os distúrbios alimentares são sintomas de um fenômeno simples: a comida é para as mulheres hoje, o que foi a sexualidade em tempos passados. Ou, por outra, o dilema da comida para as mulheres hoje, é o que foi o dilema da sexualidade para as mulheres em tempos passados. Se antes o controle sobre o corpo feminino exercido pelas normas e regras da sociedade patriarcal dava-se em relação à sexualidade da mulher, agora o mesmo controle sobre o corpo feminino se dá através da comida. Para elas, a antiga equação “dar ou não dar para o namorado”, equivale à equação “comer ou não comer” dos dias atuais. As mesmas fobias relativas às dificuldades de gozar, às dores da penetração, à frigidez, aos medos de engravidar, à vergonha de deixar-se tocar por um parceiro ou de ficarem nuas na frente dos outros são as mesmas fobias que tomam conta da vida das mulheres de forma desesperadora nos dias de hoje. Só que agora a antiga ansiedade se revela através de um verdadeiro terror das mulheres em relação ao seu peso e suas medidas.

As autoras fazem um quadro comparativo entre as medidas e remédios para os pecados da masturbação de outros tempos e o das restrições atuais para o sobrepeso, listando as medidas contra o auto abuso do sexo (cauterização, clitoridectomia, infibulação, aspiração cirúrgica do líquido sexual, cintos de castidade, duchas quentes e frias, camisa de força, medicação, exercício extremo e dieta) em correspondência direta às medidas contra o auto abuso da comida da atualidade (grampeamento do estômago, cirurgia de by-pass, plástica abdominal, lipoaspiração, aprisionamento das mandíbulas, banhos de vapor e água fria, faixas para suar, medicação, exercício extremo e dieta).

A insatisfação das mulheres com suas medidas e com sua imagem é permanente, e um profundo sentimento de inadequação se estabelece em suas vidas fazendo com que se sintam sempre impossibilitadas de sentir-se bem com seus corpos e imaginando que jamais corresponderão a um ideal de beleza que não tem nada a ver com elas. Um tempo e uma energia sem fim são desperdiçados dedicados às dietas, medidas, roupas, dietética e cosmética.

E estas mulheres que não comem, comem o que? Comem a fome. A fome dos seus desejos mais secretos, das suas necessidades afetivas mais básicas, dos seus sonhos mais recônditos. Uma fome impossível de ser saciada e que cria mais fome. As que comem demais e as quem comem de menos negam a fome das suas emoções. As mulheres estão famintas, longe de seus corpos e suas vontades, exiladas de seus corpos, os únicos capazes de propiciar alegria e prazer. Porque as mulheres que nutrem o mundo de diversas maneiras, afetivas, reais ou simbólicas, com suas comidas e afetos, e sua capacidade para a dança, e riso e a farra com seus homens, seus filhos e suas amigas, estão tristes, não se reconhecem mais nos seus corpos e na espontaneidade de seus movimentos. As mulheres desses tempos têm uma imensa fome de si mesmas. Têm fome de tudo aquilo que elas querem poder ser, sentir e realizar.

E mesmo podendo dominar sofisticadas tecnologias e ocupar cargos de poder nunca imaginados por suas mães ou avós, elas continuam presas às medidas de um espartilho mental que negligencia e desqualifica sua auto imagem criando sentimentos de inadequação que as tornam inseguras e infelizes.

Marcela Lagarde em muitos dos seus textos diz que as mulheres de hoje se comportam como criaturas medievais desejosas unicamente de um amor romântico impossível de ser realizado e sem nenhuma reflexão crítica sobre seu amor próprio. E que isto as debilita e enfraquece, já que ninguém com estes sentimentos desenvolve suas potencialidades.

A pergunta permanece, se desdobra: com ensinamentos deste tipo, o que estamos ensinando às nossas meninas? Quem cuida, afinal, das nossas meninas?

Fonte: http://lugardemulher.com.br/mulheres-famintas/
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Mensagem por Liu Seg 8 Set - 19:51

"E estas mulheres que não comem, comem o que? Comem a fome. A fome dos seus desejos mais secretos, das suas necessidades afetivas mais básicas, dos seus sonhos mais recônditos. Uma fome impossível de ser saciada e que cria mais fome. As que comem demais e as quem comem de menos negam a fome das suas emoções. As mulheres estão famintas, longe de seus corpos e suas vontades, exiladas de seus corpos, os únicos capazes de propiciar alegria e prazer. Porque as mulheres que nutrem o mundo de diversas maneiras, afetivas, reais ou simbólicas, com suas comidas e afetos, e sua capacidade para a dança, e riso e a farra com seus homens, seus filhos e suas amigas, estão tristes, não se reconhecem mais nos seus corpos e na espontaneidade de seus movimentos. As mulheres desses tempos têm uma imensa fome de si mesmas. Têm fome de tudo aquilo que elas querem poder ser, sentir e realizar."
Que perfeito e estenderia pra homens e mulheres, hoje não somos só nós!
É tanta cobrança tanto padrão que vem desde tão cedo e de forma tão ostensiva que fica difícil não repetir os mesmos roteiros, acaba se tornando algo quase natural e que escraviza.
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Mensagem por Ana Seg 8 Set - 21:40

Marcela Lagarde em muitos dos seus textos diz que as mulheres de hoje se comportam como criaturas medievais desejosas unicamente de um amor romântico impossível de ser realizado e sem nenhuma reflexão crítica sobre seu amor próprio. E que isto as debilita e enfraquece, já que ninguém com estes sentimentos desenvolve suas potencialidades.

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Mensagem por Alice Moura Ter 9 Set - 5:10

Penso que o quesito saúde deve sempre permear essa questão. Bulimia e anorexia é claro, podem começar com controle excessivo de peso, mas são sinais externos de algo mais profundo.
Eu duvido que uma mulher se sinta bem ao olhar numa vitrine de loja um vestido que ela gostou, e que quando vai comprar, não tem o seu número, ou uma roupa que voce perdeu e que gostava, porque não cabe mais. Ou entra num biquini e sim, fica sobrando mais do que deveria...
Quem se sente bem passando por algo do tipo? Eu não me sinto.
Podem classificar a minha opinião de dominação machista, de politicamente incorreta ou o que for, mas eu acho uma hipocrisia monstro essa coisa do "plus size". Pra mim, aquilo é um estímulo a obesidade. Voce vê pessoas verdadeiramente obesas, que deveriam estar cuidando da saúde, sendo estimuladas a continuar gordas, porque se sentem discriminadas, se não são aceitas aqui e ali.
A discriminação começa com elas mesmas, oras!
Vejo adolescentes gordas e também mulheres jovens, com o peso muito maior do que o meu (e eu não sou magra), suando em bicas, correndo trechos pequenos e ofegando como se tivessem corrido a São Silvestre, hipertensas, tudo por que? Excesso de peso. Mas não. Elas são plus size, e não candidatas ao enfarte, que é isso...
A obesidade está virando uma epidemia no mundo inteiro, e pra soar o alerta da OMS, é porque o risco à saúde existe e deve ser levado a sério.
Pra mim, gorda que se preza se aceita realmente, se assume, cuida da saúde e não fica reclamando de discriminação:

                                                                             
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Mensagem por Liu Ter 9 Set - 9:33

Concordo Alice que não existe nada de bom em ser obeso, mas mulheres completamente normais se acham obesas e aí que começa a neurose. Já vi fotos modelos ditas plus-size que nem sequer são gordas, mas parecem modelos dos anos 70/80 antes dessa moda das anoréxicas. E o foco deve ser mesmo a saúde, tenho uma sobrinha super magrinha que se alimenta muito mal (só come besteira) e já disse pra ela que a gente muda pelo amor ou pela dor e que uns anos mais a frente ela vai precisar mudar totalmente a alimentação porque o corpo dela vai rejeitar tudo isso que ela come.

Essas modelos foram classificadas como plus size, no meu planeta elas tem o corpo mais que normal:
Kate Upton
Mulheres Famintas. KateUptonVogueUSA2
Mulheres Famintas. Kate1_1
Robin Lawley
Mulheres Famintas. 792858-75cd8334-47f6-11e3-889f-97711b41d0dd
Mulheres Famintas. Plus-size2


Última edição por Liu em Ter 9 Set - 20:40, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Si Cal Ter 9 Set - 10:00

Concordo que nada ao extremo é bom... NEM SER OBESO (leia-se gerando problemas de saúde) nem deixar de comer...

Existem fofinhas que estão ótimas...

Peso 58 kg e tenho 1,62 (não sou magra, não sou obesa, sou "fofinha" como de tudo, odeio dieta, danço com regularidade... e só...)

Não gosto de padrões do que e belo e saudavel comendo folha, e desgosto do padrão obeso por porcarias...

Bom senso... como sempre é a "letra"


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Mensagem por Liu Ter 9 Set - 10:13

Hj tô com 58, 1,62 também e não estou me achando fofinha. rs
Mas, não como de tudo porque sofro de enxaqueca e depois que parei de comer besteiras não tive mais crises. Eu tinha o estilo estilo de gosto culinário da minha sobrinha e tive que mudar.
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Mensagem por Tupiniquim Ter 9 Set - 10:41

Gostei do texto.
Preciso refletir mais b
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Mensagem por Si Cal Ter 9 Set - 11:03

Liu escreveu:Hj tô com 58, 1,62 também e não estou me achando fofinha. rs
Mas, não como de tudo porque sofro de enxaqueca e depois que parei de comer besteiras não tive mais crises. Eu tinha o estilo estilo de gosto culinário da minha sobrinha e tive que mudar.

Liu mas "EU SOU FOFINHA" tongue Very Happy
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Mensagem por Ana Ter 9 Set - 11:55

Achei interessante esta co-relação entre a vida sexual de antigamente x corpo femininos.
Realmente a mulher permite mais que outros estipulem o certo ou errado , o bonito ou feio... porém homens também são cobrados a cumprirem seus papéis determinados, talvez não tanto quanto as mulheres e não da parte física. Mas vá um homem ser sustentado pela mulher ou ter problema de ereção... o mundo cai em cima...

Fora os extremos : obesidade e anorexia... cuidar do corpo faz bem para saúde...
Uns quilinhos a mais , ok
Não conheci até hoje ninguém tão feliz assim com seu corpo acima do peso.

Eu deveria emagrecer, mas jamais deixarei de comer o que gosto. Sorry, nunca serei magricela como na adolescência... já foi
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Mensagem por Fiorella Qua 10 Set - 16:04

Não vejo um problema nessa onda de plus-size. Obesidade costuma ser associado a problemas de saúde, mas nem sempre é assim. Tem muita gente bem acima do peso com a saúde em dia,

E depois, modelos plus-size nem sempre são obesas, são só "cheinhas". Eu acho super válido, e ajuda muito na aceitação do próprio corpo.


Eu tenho muita sorte de não ter tendência a engordar, pois eu AMO comer. Adoro provar novos temperos, sabores, conhecer restaurantes, festivais gastronômicos...

Durante o dia-a-dia eu me controlo, mas adoro comer bem em "ocasiões especiais". Acho que seria muito infeliz se eu vivesse cheia de restrições alimentares. Essa dieta dukan, por exemplo, me faria enlouquecer. Tenho uma prima que está fazendo e realmente está funcionando, mas eu nunca teria toda essa determinação!

Não sei se meu metabolismo vai mudar com o passar dos anos, só sei que estou aproveitando como posso, kkkkkkkkk!
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